Somos iguais nas nossas diferenças.
São muitas minorias que de uma maneira ou de outra possui uma dor, um
sofrimento que lhe é particular. Mesmo sendo diferentes, nossas dores são
iguais. As desigualdades sociais é a igualdade da sociedade brasileira. Não é
preciso citar cada uma, seja a dor do negro buscando a liberdade do racismo,
seja do índio buscando direito a uma faixa de terra para sobreviver, seja do
trabalhador na incansável luta diária por condições de um salário digno, além
de muitas outras minorias, como: homossexuais, artistas, religiosos, etc.
O Brasil, apesar de ser um país
desigual com seu povo, possui deste muito amor e respeito. A revolta dos
brasileiros está ligada na forma como é governado. Este pensamento é mais uma
das igualdades que os brasileiros compartilham. Seja um governo de esquerda ou
de direita, isso não importa, a verdade é que ambos não agradam a ninguém.
Apenas a poucos interessados. O grande problema é que as pessoas estão se
unindo em torno de uma ideologia e não de um ideal.
Para se dominar toda a sociedade
brasileira é preciso separar as pessoas, fazer o apartheid brasileiro. Assim,
fica mais fácil de exercer o domínio social. Um país cujo povo está dividido é
um país que não consegue se defender. Por esse motivo, devemos nos unir como um
povo, na busca pela igualdade, através da fraternidade universal e defendermos
nossa liberdade com unhas e dentes.
Não interessa a ideologia. O que importa
é o ideal. O ideal de um país justo, que zela pelo seu povo. E isso, tem que
ser a nossa luta. Se não buscarmos nos defender das investidas governamentais
de nos tolher a liberdade, direitos e pensamentos vamos estar entregues a uma
escravidão que jamais iremos conseguir nos ver livres estando divididos como
estamos nesse momento.
A retórica de que o outro não faz
parte da minha ideologia é meu inimigo, nunca esteve tão latente como está
nesse momento de nossa história. E essa agenda ideológica está fazendo efeito
muito intenso no Brasil.
A revolta contra o atual presidente
Bolsonaro foi uma campanha ideológica da esquerda fomentando seus grupos de
militantes a criar uma imagem de um monstro no governo. Isso em detrimento da
perda do poder. Por outro lado, a imprensa massivamente lutando para desconstruir
a imagem de um homem que só quer acabar com a corrupção generalizada do país
sentindo-se que perderia dinheiro nesse processo, passou a atacar a imagem do
presidente.
Dói, e como dói perder
privilégios, sejam eles de qualquer forma. E isso promoveu uma abstinência por
causa dessa perda. Como se fosse uma crise de abstinência, a corrupção
enraizada e generalizada em nossa sociedade também nos tornam iguais. A
corrupção não está apenas na esfera da política. Está no judiciário, no cartorário,
na polícia, nas relações mais simples do quotidiano brasileiro.
Somos um país desigual. E a
ideologia, seja ela qual for, promoverá esse apartheid brasileiro. É por isso
que devemos estar alertas e trabalhar para que a ideologia não seja o norteador
do Brasil do futuro, mas sim, os interesses de todo o povo, que se for livre
para exercer seus direitos e suas crenças, tendo o respeito às diferenças,
seremos todo iguais.
Uma frase do pastor Martin Luther
King que deve ser usada por todos nós para entendermos nossa posição e nossa
responsabilidade com o ideal é: “Ou aprendemos a viver todos juntos como
irmãos, ou morreremos todos juntos, como idiotas” nunca esteve tão atual como
está hoje. Devemos estar juntos, todos defendendo as dores de todos, assim
vamos estar unidos como um só povo, uma só nação.
Não podemos permitir que grupos
políticos, sejam da esquerda, do centro ou da direita nos ditem o que é melhor
para nós. O que é melhor para nós, brasileiros, é um país unido, sem
diferenças, com direitos a todos, sem segmentações, sem quotas, sem apartheid.