Não dá para separar a comunicação
da informação. Mesmo sendo uma comunicação não verbal, a mensagem, que é uma
informação, é transmitida de uma pessoa para outra. Na atualidade estamos
vivendo uma verdadeira guerra de informações. São milhões de mensagens sendo
transmitidas em centenas de milhares de canais de distribuição que para um
indivíduo se torna impossível absorver e processar cada uma delas.
E nesse universo da comunicação alguns
tipos de mensagens são transmitidas conforme o interesse de quem as produz. Dessa
forma, quem recebe fica sujeito a ser manipulado conforme a vontade de quem
entrega a informação. Vivemos na era da informação e da globalização e a
comunicação tem sido o principal meio de interação entre as pessoas. E como a
quantidade de informação é imensa criar filtros para definir o que é de
interesse ou não se torna uma necessidade.
Quando um indivíduo recebe uma
mensagem precisa rapidamente definir se tal mensagem é relevante ou não para
ele. Se for relevante continua, caso contrário a informação é prontamente descartada.
A psicologia usada para atrair mais pessoas aos conteúdos produzidos é de
mensagens impactantes. Que chamam a atenção do receptor. Por isso, vemos
textos, fotos, vídeos e áudios produzidos de tal forma a seduzir quem recebe a
informação e levar a uma ação que interessa ao emitente.
Muita gente afirma que não cai
nesse mecanismo de influência. Porém a realidade é outra. De uma maneira ou de
outra, mesmo que a mensagem não faça a pessoa ter a ação desejada de início,
mas ao longo prazo de forma homeopática, a opinião vai sendo modelada. Essa é
uma tática conhecida e muito eficiente na condução de formação de opinião.
Outra situação é a disseminação
de informação falsa que leva o indivíduo ao erro. Esta é muito mais perigosa e
pode promover situações que levam o indivíduo ao erro e ser mais um dentro de
uma massa que vai repassar tal informação e tornar ela uma “verdade”. Como diz
o podcaster Luciano Pires uma “merdade” que é a mistura de mentira com verdade.
Ta aí a tão falada fakenews. Que no bom português, não passa de notícia falsa.
E como filtrar isso tudo? Esta é
uma pergunta que não é fácil de ser respondida, pois como a informação vem recheada
de segundas intenções, fica muito complicado de se escolher o que realmente é informação,
do que é mentira e o que é manipulação. Uma boa solução é pesquisar outras
fontes de informação. Toda moeda possui dois lados. Por isso, não ficar dentro
da bolha é importante. Buscar de diversas fontes a mesma informação é crucial
para a formação do entendimento e daí ter um posicionamento mais correto em
relação ao conteúdo que se está consumindo.
Ao passo que o ser humano se
estabeleceu em sociedade, dentro deste universo outros grupos menores também se
estabeleceram. A estes grupos chamamos de bolha. O que também é um problema.
Quando um grupo se fecha dentro de uma ideologia fica impossível o
desenvolvimento da sociedade como um todo. No Brasil e no mundo, cada vez mais
estamos vendo bolhas sociais se formando e se fortalecendo. E estas estão cada
vez mais em evidência por parte dos meios de comunicação que na ânsia pelas
estatísticas de audiência promovem cada vez mais informações de cunho
impactante sem nenhum aprofundamento e carregado de conteúdo ideológico.
Entender os mecanismos que levam pessoas a viverem numa bolha ideológica e qual o tipo de mensagem a ser utilizado para atingir essas bolhas é uma das metas das grandes redes sociais. E para isso, o Big Data está o tempo todo em atividade. Colhendo informações e criando uma inteligência capaz de direcionar as ações de quem produz informação para atingir os objetivos que desejam.