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FACEBOOK: UM PARADOXO SOCIAL

 Desde sua criação o Facebook tem aproximado pessoas. Porém, é verdadeiro que promoveu a ruptura de muitas amizades e até mesmo, casamentos.

Quando fiz a minha conta no Facebook a minha maior intenção era de usar a rede social como uma agenda de contatos. Na verdade, seria uma espécie de repositório dos amigos que tinha. Não queria, naquele momento, perder o contato dos amigos que já não via há tempo e que estavam muito distantes. Em seguida, o Facebook me ofereceu uma outra oportunidade. De conhecer pessoas novas. Pessoas que de alguma forma tivessem alguma afinidade comigo ou que tivesse os mesmos interesses que eu em determinados assuntos. Afinal de contas, essa é uma excelente ferramenta para isso.

Quem não se lembra do botão “cutucar”? Este recurso acabou sendo descontinuado na plataforma após um tempo. Sua única função era informar a quem você cutucasse que você estava “mexendo” com ela. Acabou caindo no desuso após um tempo e por isso foi descontinuado.

Quando comecei no Facebook, ainda não havia uma tradução para o português. Quase nenhum dos meus contatos pessoais faziam uso da rede. E naquele tempo, a rede funcionava bem ao que se propunha. Com o passar do tempo, o Facebook foi se agigantando. E hoje se tornou a maior plataforma de redes sociais do mundo, sem nenhuma dúvida.

Com o crescimento muitos recursos foram adicionados como: grupos, páginas, marketplace, entre outros. Alguns foram descontinuados como cutucar e notas, por exemplo. A plataforma foi de modelando com o tempo e assim como os recursos crescente o número de usuários não foi diferente.

Atualmente, o Facebook, se tornou um oceano de informações. Verdadeiras ou não, as pessoas passaram a utilizar a plataforma para atividades que vão muito além de ter amigos. Hoje, o Facebook é um lugar onde tudo é discutido. Claro que ainda há uma moderação em relação o que se pode ou não publicar. Existe uma política da empresa quanto a isso.

E por falar em política, esta talvez seja a grande fonte de discórdia e confusão na plataforma. Nos EUA e no Brasil, o Facebook tem se tornado o centro das atenções no tocante aos conflitos ideológicos. O que, de início, foi criado para aproximar as pessoas, hoje está servindo de arena para contendas ideológicas. Infelizmente inúmeras amizades estão se desfazendo por causa desse assunto. Não considerando os problemas conjugais que o Facebook promoveu também. Em alguns momentos, pessoas se conheceram e se apaixonaram graças a esta rede social e em outros momentos, namoros, noivados e até casamentos se acabaram por ela mesma.

O Facebook evoluiu muito rápido como uma rede social. Ofereceu muitos recursos aos seus usuários, porém, não encontra mesma a evolução das pessoas que utilizam esta plataforma. Por ser um ponto de encontro, um organismo composto por pessoas de diferentes culturas, diferentes níveis sociais, ideológicos, econômicos e tudo mais, questões como moralidade, respeito, ética, entre outros, não são observados pela esmagadora maioria de usuários da plataforma.

Costumo dizer que a time line (linha do tempo), do Facebook é como um poço sem fundo. Quanto mais rolamos as mensagens postadas, mais mensagens encontraremos. Isso não tem fim. E é por esse motivo e pelos diversos serviços oferecidos dentro da plataforma que perdemos um tempo considerável de nossas vidas em mensagens que não nos acrescentam em nada em sua grande maioria.

Para o Facebook, quanto mais tempo o usuário ficar em sua rede, maior é o seu faturamento, pois atualmente, a empresa possui um “Big Data” capaz de coletar informações do usuário e uma inteligência artificial capaz interagir com este e apresentar em sua tela produtos ou serviços que outrora havia pesquisado. Assim, aproximando o interesse recente do usuário com um cliente da empresa que oferece exatamente aquilo que é demandado. Ou seja, o Facebook está aprendendo com o comportamento dos seus usuários e está potencializando ainda mais sua capacidade de reter esses usuários em sua plataforma.

Quando o Facebook e suas subsidiárias, como Whatsapp e Instagram passaram por um momento de instabilidade onde os serviços ficaram indisponíveis, inúmeras pessoas passaram por crise de abstinência. Assim como uma droga, o Facebook oferece aos seus usuários uma certa dose de prazer. Assim se tornando uma espécie de “anestésico social”.

Sabemos que esta rede é uma ferramenta muito útil para nos aproximar de pessoas, porém precisamos tomar consciência de que podemos nos escravizar, se nos permitirmos que ela domine nosso subconsciente com situações provocadas pelos próprios usuários quando colocam em xeque nossas convicções religiosas, ideológicas, políticas, etc.

Ficar atento ao que nós fazemos e o que queremos nessa rede é fundamental para não passarmos por situações de constrangimento ou estresse. E principalmente, educar os jovens sobre a complexidade de uma rede social e suas armadilhas é imperativo.

WINGSPAN - COLECIONANDO AVES

Para quem gosta de jogos de tabuleiro, um dos jogos que mais curto é o Wingspan, Neste jogo, você é um entusiasta de pássaros e precisa juntar aves no seu tabuleiro para pontuar com as características de cada ave. É um jogo maravilhoso para quem curte montar combos. Com uma arte gráfica belíssima e com uma mecânica de engine buildig (construção de motores), Wingspan fica muito bonito na mesa.

O jogo além de tudo é bem divertido, pois uma das mecânicas do jogo é alocação de ovos, o que dá muita margem a trocadilhos engraçados e divertidos entre os jogadores.

Wingspan foi vencedor em 2019 do prêmio "Jogo Estratégico Internacional do Ano". Foi também indicado ao Prêmio Ludopedia na categoria de Jogo Espert do Ano.

Com tanto sucesso conquistado, Wingspan teve algumas expansões lançadas. Dentre elas, adquiri a expansão europeia (Wingspan: Expansão Europa), que inclui novas mecânicas e muitas aves europeias. Com esta expansão a rejogabilidade aumentou muito. O que pode ser a garantia de sucesso na jogatinas. Mais um jogo que recomento para você que deseja escolher um jogo para se divertir. Abaixo, a imagem da expansão do jogo.

APARTEHID BRASILEIRO

O Brasil é o país da diferença e essa diferença, em sentido amplo, é o que nos tornam iguais. Porém as diferenças sociais no Brasil sempre foram, desde o seu descobrimento, uma realidade que perdura até nossos dias. Desde o seu descobrimento pelos europeus, o Brasil sofreu com a exploração dos mais fracos, dos mais pobres. E essa realidade não mudou após seus cinco séculos de vida.

Somos iguais nas nossas diferenças. São muitas minorias que de uma maneira ou de outra possui uma dor, um sofrimento que lhe é particular. Mesmo sendo diferentes, nossas dores são iguais. As desigualdades sociais é a igualdade da sociedade brasileira. Não é preciso citar cada uma, seja a dor do negro buscando a liberdade do racismo, seja do índio buscando direito a uma faixa de terra para sobreviver, seja do trabalhador na incansável luta diária por condições de um salário digno, além de muitas outras minorias, como: homossexuais, artistas, religiosos, etc.

O Brasil, apesar de ser um país desigual com seu povo, possui deste muito amor e respeito. A revolta dos brasileiros está ligada na forma como é governado. Este pensamento é mais uma das igualdades que os brasileiros compartilham. Seja um governo de esquerda ou de direita, isso não importa, a verdade é que ambos não agradam a ninguém. Apenas a poucos interessados. O grande problema é que as pessoas estão se unindo em torno de uma ideologia e não de um ideal.

Para se dominar toda a sociedade brasileira é preciso separar as pessoas, fazer o apartheid brasileiro. Assim, fica mais fácil de exercer o domínio social. Um país cujo povo está dividido é um país que não consegue se defender. Por esse motivo, devemos nos unir como um povo, na busca pela igualdade, através da fraternidade universal e defendermos nossa liberdade com unhas e dentes.

Não interessa a ideologia. O que importa é o ideal. O ideal de um país justo, que zela pelo seu povo. E isso, tem que ser a nossa luta. Se não buscarmos nos defender das investidas governamentais de nos tolher a liberdade, direitos e pensamentos vamos estar entregues a uma escravidão que jamais iremos conseguir nos ver livres estando divididos como estamos nesse momento.

A retórica de que o outro não faz parte da minha ideologia é meu inimigo, nunca esteve tão latente como está nesse momento de nossa história. E essa agenda ideológica está fazendo efeito muito intenso no Brasil.

A revolta contra o atual presidente Bolsonaro foi uma campanha ideológica da esquerda fomentando seus grupos de militantes a criar uma imagem de um monstro no governo. Isso em detrimento da perda do poder. Por outro lado, a imprensa massivamente lutando para desconstruir a imagem de um homem que só quer acabar com a corrupção generalizada do país sentindo-se que perderia dinheiro nesse processo, passou a atacar a imagem do presidente.

Dói, e como dói perder privilégios, sejam eles de qualquer forma. E isso promoveu uma abstinência por causa dessa perda. Como se fosse uma crise de abstinência, a corrupção enraizada e generalizada em nossa sociedade também nos tornam iguais. A corrupção não está apenas na esfera da política. Está no judiciário, no cartorário, na polícia, nas relações mais simples do quotidiano brasileiro.

Somos um país desigual. E a ideologia, seja ela qual for, promoverá esse apartheid brasileiro. É por isso que devemos estar alertas e trabalhar para que a ideologia não seja o norteador do Brasil do futuro, mas sim, os interesses de todo o povo, que se for livre para exercer seus direitos e suas crenças, tendo o respeito às diferenças, seremos todo iguais.

Uma frase do pastor Martin Luther King que deve ser usada por todos nós para entendermos nossa posição e nossa responsabilidade com o ideal é: “Ou aprendemos a viver todos juntos como irmãos, ou morreremos todos juntos, como idiotas” nunca esteve tão atual como está hoje. Devemos estar juntos, todos defendendo as dores de todos, assim vamos estar unidos como um só povo, uma só nação.

Não podemos permitir que grupos políticos, sejam da esquerda, do centro ou da direita nos ditem o que é melhor para nós. O que é melhor para nós, brasileiros, é um país unido, sem diferenças, com direitos a todos, sem segmentações, sem quotas, sem apartheid.

A BOLHA e o FILTRO

A necessidade humana de se viver em sociedade para sobreviver foi uma questão fundamental. Porém, para se reunir em sociedade o homem precisou se comunicar. A comunicação promoveu o desenvolvimento social através das discussões que eram feitas (em princípio), verbalmente e na presença dos envolvidos e posteriormente evoluindo para escrita promovendo assim a comunicação à distância. A história humana pode ser contada a partir do desenvolvimento da comunicação e desde a época primitiva até os nossos dias a comunicação humana vem sendo aperfeiçoada.  As distâncias foram encurtadas com a comunicação e hoje somos reféns desse desenvolvimento.

Não dá para separar a comunicação da informação. Mesmo sendo uma comunicação não verbal, a mensagem, que é uma informação, é transmitida de uma pessoa para outra. Na atualidade estamos vivendo uma verdadeira guerra de informações. São milhões de mensagens sendo transmitidas em centenas de milhares de canais de distribuição que para um indivíduo se torna impossível absorver e processar cada uma delas.

E nesse universo da comunicação alguns tipos de mensagens são transmitidas conforme o interesse de quem as produz. Dessa forma, quem recebe fica sujeito a ser manipulado conforme a vontade de quem entrega a informação. Vivemos na era da informação e da globalização e a comunicação tem sido o principal meio de interação entre as pessoas. E como a quantidade de informação é imensa criar filtros para definir o que é de interesse ou não se torna uma necessidade.

Quando um indivíduo recebe uma mensagem precisa rapidamente definir se tal mensagem é relevante ou não para ele. Se for relevante continua, caso contrário a informação é prontamente descartada. A psicologia usada para atrair mais pessoas aos conteúdos produzidos é de mensagens impactantes. Que chamam a atenção do receptor. Por isso, vemos textos, fotos, vídeos e áudios produzidos de tal forma a seduzir quem recebe a informação e levar a uma ação que interessa ao emitente.

Muita gente afirma que não cai nesse mecanismo de influência. Porém a realidade é outra. De uma maneira ou de outra, mesmo que a mensagem não faça a pessoa ter a ação desejada de início, mas ao longo prazo de forma homeopática, a opinião vai sendo modelada. Essa é uma tática conhecida e muito eficiente na condução de formação de opinião.

Outra situação é a disseminação de informação falsa que leva o indivíduo ao erro. Esta é muito mais perigosa e pode promover situações que levam o indivíduo ao erro e ser mais um dentro de uma massa que vai repassar tal informação e tornar ela uma “verdade”. Como diz o podcaster Luciano Pires uma “merdade” que é a mistura de mentira com verdade. Ta aí a tão falada fakenews. Que no bom português, não passa de notícia falsa.

E como filtrar isso tudo? Esta é uma pergunta que não é fácil de ser respondida, pois como a informação vem recheada de segundas intenções, fica muito complicado de se escolher o que realmente é informação, do que é mentira e o que é manipulação. Uma boa solução é pesquisar outras fontes de informação. Toda moeda possui dois lados. Por isso, não ficar dentro da bolha é importante. Buscar de diversas fontes a mesma informação é crucial para a formação do entendimento e daí ter um posicionamento mais correto em relação ao conteúdo que se está consumindo.

Ao passo que o ser humano se estabeleceu em sociedade, dentro deste universo outros grupos menores também se estabeleceram. A estes grupos chamamos de bolha. O que também é um problema. Quando um grupo se fecha dentro de uma ideologia fica impossível o desenvolvimento da sociedade como um todo. No Brasil e no mundo, cada vez mais estamos vendo bolhas sociais se formando e se fortalecendo. E estas estão cada vez mais em evidência por parte dos meios de comunicação que na ânsia pelas estatísticas de audiência promovem cada vez mais informações de cunho impactante sem nenhum aprofundamento e carregado de conteúdo ideológico.

Entender os mecanismos que levam pessoas a viverem numa bolha ideológica e qual o tipo de mensagem a ser utilizado para atingir essas bolhas é uma das metas das grandes redes sociais. E para isso, o Big Data está o tempo todo em atividade. Colhendo informações e criando uma inteligência capaz de direcionar as ações de quem produz informação para atingir os objetivos que desejam.

O QUE ESPERAR DE 2022

A maior esperança para 2022 é sem sombra de dúvida o fim da pandemia de COVID-19. Todos nós ansiamos por isso com todas as nossas forças. Porém, vou abordar neste artigo uma análise da pandemia e as minhas expectativas para o próximo ano.

Em 2019, uma doença começou a se espalhar na cidade de Wuhan, na China. O problema sanitário deveria ter sido contido, assim como ocorre com os casos do Ebola na África. Porém, o governo chinês, optou por esconder o lixo em baixo do tapete e perseguir todos os cidadãos chineses que se levantaram em defesa de uma solução para o problema. As informações foram suprimidas em relação ao surto dessa nova doença, já que poderia causar sérios prejuízos financeiros à China. Atitude tipicamente política que anda de mãos dadas com o capital, mesmo sendo um país cujo governo é comunista.

A doença não conhece fronteiras e logo se espalhou por toda a China e ganhou terreno em outros países. Ao chegar no Brasil a doença teve o mesmo tratamento. Optou-se pelo combate político ao invés de sanitário. A polarização política vivida no Brasil e a imprensa que em grande parte produz conteúdo noticioso com viés político-ideológico veio com tudo para politizar um caso que deveria ter sido tratado como "Estado de Guerra" pelo Brasil. 

A pandemia mostrou para nós brasileiros, que estamos despreparados para atuarmos no combate e prevenção de contágios desse tipo e de outros que desconhecemos. Não existem protocolos de nível nacional para o combate nessas situações e sequer foi levantada a hipótese de discussão desse tema por parte das autoridades brasileiras. Vivemos numa polarização política tão extrema que se um lado defender um ponto de vista o outro vai defender o contrário. Não existe consenso entres as partes e isso deixa nosso país vulnerável a qualquer ação externa. E se essa doença fosse intencionalmente disseminada? Numa hipotética guerra biológica, com uma doença que não temos como nos defender como resolver se vivemos numa disputa ideológica sem cabimento na atualidade?

Hoje a China detém todas as estatísticas e o Brasil faz parte dela. A China sabe quanto tempo uma doença é capaz de infectar o mundo através do contato humano. Sabe também qual país teve mais dificuldade combater a nova doença. E como bônus, obteve uma amostra da incapacidade e desordem de alguns países no combate a doença e no tempo de reação para um combate mais eficiente. Não quero aqui promover a teoria da conspiração. Mas já é de conhecimento público que a China quer ocupar o espaço dos EUA no cenário mundial em 2030 como país hegemônico. Por isso, tudo que ocorre partindo daquele país tem que ser visto como uma ação nesse sentido. Até essa doença não pode ser entendida como um caso fortuito.

Enquanto isso, o Brasil ainda vive arraigado na polarização. A disputa entre o lado A contra o lado B vai tornar o país vulnerável. Assim como alguns países africanos que vivem essa polarização com uma guerra eterna entre etnias, famílias e ideologias, não conseguindo prosperar internacionalmente. O Brasil, precisa observar que essa disputa interna é alimentada por outros países para que sejamos subjugados e precisamos com urgência tomar ciência disso e começarmos a agir como uma nação.

Em 2022 teremos as eleições no Brasil. E continuaremos com discussões infindáveis, tais como: as pautas homossexuais, indígenas e negras, se devemos legalizar o aborto ou não, se o cidadão pode ter uma arma de fogo para sua defesa ou não, entre tantos outros que no fim das contas, não estaremos progredindo em nada e não debatendo como nos defender de agentes externos que atuam incansavelmente reduzindo nossas capacidades de desenvolvimento. Não estaremos debatendo as deficiências da nossa nação e como iremos resolvê-las. Estaremos discutindo o lado que tem mais razão, se é o da direita ou se é o da esquerda. Enquanto isso, o gado da direita se engalfinha com récua da esquerda. Sem que nos damos conta de que todos nós somos colocados em um curral eleitoral e tratados como animais.