A guerra das narrativas ideológicas, as mentiras sutis da imprensa militante, as “fake news”, os sombrios acordos nos bastidores da vida pública, os acertos de contas, as maquinações intelectuais, as alianças por conveniência, a corrupção generalizada, as fraudes e tudo de ruim que você possa imaginar existe na política brasileira.
Com a polarização política no
Brasil chegando aos extremos, cada vez mais veremos casos absurdos de atos de destruição
de reputação que farão os autores de livros de ficção científica e de tramas
policiais meros amadores da literatura.
Como se trata de uma área com múltiplas
maneiras e formas de atuação, serei o mais breve possível nesse texto e darei
aqui algumas ferramentas para você que busca por conhecimento neste mar revolto
da política brasileira no tocante ao que é feito para destruir a imagem de uma
pessoa.
A primeira coisa que você precisa
saber sobre essa máquina de moer gente chamada política, tenha a certeza que a
verdade é a primeira a morrer nessa guerra de narrativas. Assim como acontece
numa guerra real, na guerra política a primeira coisa que morre é a verdade.
Logo, você precisa se manter sempre buscando informação em diversas fontes de
notícias e preferencialmente, em fontes de diferentes correntes políticas.
Não é necessário dizer que a
mídia tradicional (rádio, revista, televisão e jornal), são as detentoras da audiência
da grande maioria da população brasileira. Porém, com a popularização da
internet, (principalmente das redes sociais), a sua relevância tem se perdido
de forma exponencial.
Como os meios de comunicação
tradicionais são empresas que recebem do erário para veicularem propagandas
pró-governo, é comum esperarmos uma certa “boa vontade” desses meios em amenizar
as notícias e negar as informações que possam causar mal estar em seus
anunciantes. Além dessa situação, os meios de comunicação tradicional perseguem
todo e qualquer político que venha atentar contra a possibilidade de não fazer
propagandas pagas nesses meios.
As redes sociais também não são diferentes.
Estas redes são meios de comunicação do tipo “boca a boca” e podem causar
estragos tão grandes quanto os meios de comunicação tradicionais. As redes
sociais possuem duas características que precisam ser divididas. A primeira é a
militância que tem por finalidade o embate ideológico não sendo remuneradas e a
segunda característica são os grandes influenciadores que remunerados fomentam
em grande parte as narrativas de quem os financiam.
E nesse meio onde a informação circula
sendo ela verídica ou não, estão as pessoas que pouco ou nada sabem que nos
bastidores da política há uma guerra fervorosamente sendo travada. Infelizmente,
assim como na guerra, as pessoas são o alvo que mais sofrem com toda guerra de
narrativa. E podemos afirmar sem medo algum de errar que a mídia tradicional é
exímia produtora de conteúdo dúbio que usa de sinônimos e subterfúgios
gramaticais para levar até o seu público aquilo que ela deseja informar. Sempre
agindo de forma sutil e inteligente, a grande mídia tradicional é capaz de
influenciar sem mentir, bastando apenas deixar a mensagem nas entrelinhas ou
mesmo usar de termos que podem ter interpretações diversas.
Então, vamos abordar agora em como
destruir uma reputação, que é o intuito desse texto. A primeira coisa que se
precisa conseguir é uma pessoa para ser odiada. Ela precisa servir de bode expiatório.
E deve ser imputada nessa pessoa tudo de
ruim que possa existir. É preciso pegar todas as falas, gestos, imagens
fotográficas e usar contra ela, retirando de contexto e viralizando nas redes
sociais. A grande mídia tradicional ou “imprensa de gravata”, não se sujeita a
tal “baixaria”, por assim dizer. Ela vai agir de outra forma; vai usar de todos
os seus funcionários e repórteres investigativos para encontrar no passado algo
que possa condenar a pessoa escolhida como alvo. Também vai fazer intrigas
relacionando crimes que possam ter acontecido com seus opositores políticos e
de uma maneira agir para que fique subentendido que houve participação do candidato
alvo.
Como sabemos, o Brasil possui um
sistema corrupto em todas as esferas, sim, eu disse todas! Pois se observarmos
em nossa história recente até na Justiça há corrupção. Vide o caso do juiz Nicolau
dos Santos Neto (juiz Lalau) que desviou dinheiro das obras do TRT-SP.
E como podemos nos defender dessa
guerra de informação versus desinformação? A solução não está nas empresas de
fake check (checagem de mentiras) e muito menos na Justiça. Mas sim em você,
leitor(a). Você precisa ter mais de uma fonte de informação. Buscar por sua
própria conta as diversas fontes de informação. E principalmente, entender o
viés ideológico de cada uma. Assim você irá construir um sólido conhecimento
além de ter uma opinião formada por você e não por aqueles que desejam te
manipular. Trarei mais textos sobre esse assunto, abordando de forma mais
específica dada maneira de se destruir a reputação de alguém.