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PROFISSÃO: BANDIDO

 

Somente criminosos consideram o crime uma profissão!

Este artigo certamente esbarrará em várias opiniões contrárias. Você pode não concordar com o exposto, mas que a reflexão sobre essa situação em que vivemos é imprescindível. O crime não compensa, segundo o ditado popular, porém no Brasil, se o indivíduo é famoso, tem muito dinheiro, possuidor de alta influência social, blindagem do judiciário ou tem poder político, certamente compensa! Não precisa ser nenhum sábio para entender que as pessoas que possuem tal condição recebem a benevolência da nossa justiça. Fatos relevantes sobre a criminalidade no Brasil são de notório saber de toda nossa sociedade. As estatísticas oficiais são aterradoras quando o assunto é a criminalidade em suas diversas formas e abordar sobre esse tema é um grande desafio.

Vivemos em um país violento, certo? Errado! O problema da violência não está essencialmente nos altos índices que nos são apresentados, mas sim na deficiência de investigação, na falta de um processo legal e principalmente na qualidade da execução penal do nosso país. Podemos afirmar sem nenhum remorso sobre isso, pois se olharmos a violência cometida em outros países, principalmente países ditadores e fechados à divulgação de dados sobre a violência, certamente não somos um país violento. Bem como, países tidos como de primeiro mundo a violência é muito maior do que no Brasil.

Para darmos exemplos práticos sobre isso, vamos falar da China e dos Estados Unidos. Enquanto o primeiro (até onde nos é permitido saber), comete crimes praticados pelo próprio governo e o outro sofre com crimes violentos de diversos segmentos; indo desde crimes comuns como assassinatos até o terrorismo como o caso dos atentados de 11 de setembro de 2001. A China, por exemplo, persegue religiões inclusive mantendo pessoas presas, como os judeus foram na segunda guerra mundial, por causa da etnia e da religião. Diversas proibições são feitas a manifestação da fé por parte dos cristãos e mulçumanos naquele país. Mas nosso foco é o Brasil e o que este artigo traz é o que vivemos na atualidade e o que devemos refletir sobre o problema.

A maior crise que podemos perceber no Brasil é a crise moral que acaba criando uma inversão de valores. Onde o criminoso, com comprovada vida à margem da Lei é tratado com zelo e sentimento de culpa de parte sociedade, como se esta fosse responsável pela situação em que o criminoso se encontra. Esta afirmativa é tão preocupante que vemos criminosos sendo tratados como celebridades, quando deveriam ser tratados como criminosos.

A sociedade que sofre os danos causados por estes criminosos acaba perdendo a credibilidade no sistema judiciário e na execução penal. Já que os benefícios cedidos aos bandidos para redução da pena são diversos, em detrimento do sistema penal ser deficitário e a superlotação promover o descaso do Estado em manter afastado da sociedade criminosos que deveriam estar encarcerados para que sejam reabilitados para a vida em sociedade após o período de detenção.

Além dos crimes violentos, temos visto uma série de ações contra políticos que ao invés da Justiça se preocupar com a corrupção, está mais focada nos argumentos que segundo alguns juízes, são mais danosos ao Brasil como os ataque à Democracia do que os roubos dos cofres públicos. Assim, a guerra de narrativas acaba sendo mais prejudicial ao nosso país do que a corrupção propriamente dita.

Baden Powell, fundador do movimento escoteiro certa vez afirmou que se estivermos em dúvida, devemos buscar nas nossas bases as orientações para que possamos voltar ao rumo. O que quer dizer que devemos rever os princípios que regem nossa sociedade. E pararmos de criar narrativas. E assim esperamos que o nosso país volte aos trilhos do desenvolvimento e principalmente da justiça como tem que ser. Não cabe mais a sociedade brasileira ver com assombro tamanhos desmandos na política, na justiça e na mídia. Enquanto estivermos assim, o crime no Brasil será compensador para o criminoso.