Orlando Villas Boas foi uma lenda
no Brasil quando o assunto é o índio brasileiro. Nasceu em 12 de janeiro de 1914
sendo registrado no município de Santa Cruz do Rio Pardo onde o seu pai era
prefeito, mas segundo algumas fontes, ele teria nascido em Botucatu, interior
de São Paulo. Sendo o mais velho dos irmãos “Villas Boas”, Orlando, em conjunto
com seus irmãos Cláudio e Leonardo fizeram um grandioso trabalho de
reconhecimento de diversos acidentes geográficos do Brasil central o que lhes
rendeu a Medalha do Fundador da Royal Geographical Society.
Orlando Villas Boas foi indicado
por duas vezes ao Prêmio Nobel da Paz. Em suas expedições, juntamente com seu
irmão, desbravaram mais de 1.500 quilômetros de mata virgem, que posteriormente
surgiram vilas e cidades. Em 1943 os irmãos Villas Boas lideraram uma expedição
Roncador-Xingu, que pouco mais de duas décadas surgiram por este percurso desbravado
mais de 40 cidades, 19 campos de pouso e o famoso Parque Nacional do Xingu. Os
quatro irmãos: Orlando, Cláudio, Leonardo e Álvaro, mapearam a região em que
visitaram com a permissão para instalar bases da Fundação Brasil Central.
Sempre muito cuidadosos, souberam agir contra as ideias assimilacionistas e contra
a ação de especuladores.
Contando com o apoio do marechal
Rondon, os irmãos Villas Boas em conjunto com Darcy Ribeiro e o sanitarista
Noel Nutels, ajudaram a consolidar o Parque Nacional do Xingu que abriga 14
etnias indígenas diferentes.
Orlando Villas Boas publicou 14
livros onde alguns deles relatavam suas aventuras na expedição Roncador-Xingu.
No ano de 2000, Orlando foi demitido da Funai, o que causou comoção nacional e
retratação pública do então presidente Fernando Henrique Cardoso. Faleceu em
2002 aos 88 anos, deixando um grande legado sobre o índio brasileiro.
É inegável que Orlando fez um
grande trabalho, principalmente na defesa do índio brasileiro. Já que conviveu
com eles por décadas e certamente, podemos considerar que seja o maior
conhecedor das necessidades dos nossos índios do que qualquer ONG ou partido político.
Pois estes últimos carregam em si seus interesses em primeiro lugar, fazendo o
uso do índio brasileiro como uma bandeira para se obter recursos públicos,
prestígio internacional e quiçá promover a biopirataria.
Orlando Vilas boas sempre foi um
fervoroso defensor dos índios brasileiros, chegando a tal ponto que desmascarou
toda a trama que tenta desmembrar a Amazônia do Brasil. Segundo ele, existe uma
agenda internacional que trabalha para que as demarcações das terras indígenas
sejam feitas exatamente em áreas de interesse geológico, onde afirma que em
Roraima temos uma grande área, talvez a maior do mundo para extração de urânio.
Como todos nós sabemos, o urânio, em princípio, é a matéria-prima para produção
de energia nuclear que para o mundo inteiro, a matriz energética está se
escasseando. A Europa e os EUA, são os mais fervorosos defensores da Amazônia. Usarão
qualquer argumento para a sua internacionalização.
Segundo Orlando Villas Boas, a
partir da demarcação, dos índios serem tratados como nação, para se conseguir o
desmembramento não seria difícil. Teriam o aval da ONU e a garantia militar dos
países interessados da Europa e EUA. Recentemente, foi proposto pela França, junto a ONU a
internacionalização da Amazônia e a Rússia votou contra, tanto que o presidente
Jair Messias Bolsonaro agradeceu ao presidente da Rússia pela tomada de decisão em defender o
Brasil naquele momento.
Outro ponto que precisa ser discutido,
principalmente neste ano eleitoral de 2022 é a questão da agenda da esquerda
brasileira que com seu discurso, vem defendendo a pauta indígena nos moldes de
interesse das nações como EUA e Europa que ela mesma condena como imperialistas,
mas que estão exatamente praticando o que eles querem.
Se para a esquerda, a opinião de
especialistas tem importância, Orlando Villas Boas é o maior deles nesse
sentido. Logo, é importante que o índio brasileiro tenha a sua reserva, mas que
ela seja compartilhada de maneira que o Brasil não saia no prejuízo. E soluções
precisam ser criadas para desestimular esse ímpeto estrangeiro sobre as nossas
riquezas. Que não se tratam apenas de riquezas minerais, mas também de água
potável, recursos vegetais e animais. Há muita coisa ainda por ser descoberta pela
ciência. Podemos ter a cura de várias doenças e não sabemos.
Devemos então deixar mudar nosso
vocabulário quanto ao índio. A partir de hoje iremos nos referir aos povos
indígenas como índios brasileiros. Assim damos a esses brasileiros a sua tão
sonhada nacionalidade. Também devemos equiparar o indígena de qualquer etnia ao
brasileiro em direitos e obrigações legais. Dessa forma, passam a possuir as
mesmas responsabilidades, direitos e deveres. Quanto as terras indígenas, o
termo “reserva” tem uma conotação de guarda para uso futuro. Logo, devemos
modificar este termo para outro que signifique um direito de uso, tendo em
vista que propriedades da União possuem uma legislação própria no sentido de
uso e distribuição. Por fim, as riquezas naturais da Amazônia, pertencem ao Brasil
e seus verdadeiros proprietários são os brasileiros. Ninguém, tem o direito
sobre essas riquezas. Nem mesmo os índios brasileiros são proprietários exclusivos dessa
riqueza. Muito menos
estrangeiros que o único interesse é o saque de nossas riquezas em benefícios próprios. Estão pensando apenas em si mesmos e nós?
Passou da hora do brasileiro
tomar posse em definitivo que lhe pertence. E dizer para o mundo que o Brasil é
nosso! Que ninguém jamais irá domar o que nos pertence. Somos todos um! Que o
Brasil esteja acima de tudo em nossos corações!
Por: Leandro Loyola
Fontes:
Cafezinho 485 – Quem vai vender o Brasil? - Café Brasil
Orlando Villas-Bôas – Wikipédia