
Com a evolução dos meios de comunicação ao longo do tempo a forma como as pessoas consomem informação também sofreu uma verdadeira revolução. Hoje, chamamos de conteúdo tudo aquilo referente a produção áudio visual, ou seja, toda informação produzida na forma de vídeo, áudio e/ou escrita ser conteúdo. Independente da qualidade do conteúdo produzido, toda e qualquer informação gerada por alguém pode ser considerada um conteúdo, mesmo que sua qualidade informativa seja questionável.
A quantidade de informação gerada
e produzida é incrivelmente grande. A humanidade vive um momento em sua
história onde a informação passou a ser o protagonista dos nossos tempos. No
século passado, a força das máquinas era o que ditava todos os caminhos da sociedade.
Mas neste século o conhecimento é que tomou as rédeas das nossas vidas.
Somos bombardeados de informações
todos os dias. E nessa inundação de informações estamos na mira de toda sorte
de intenções. Desde a mais despretensiosa, como uma simples fotografia de um
pet sendo abraçada por alguém dando um bom dia até aquela manipuladora que de
forma subliminar nos leva a tomar ações inconscientes em benefício daqueles as
produzem.
Por isso, se torna imperativo filtrar
aquilo que nos interessa como conteúdo. E desta forma, passarmos a acompanhar
aquele(a) produtor(a) de conteúdo em particular. Porém, ao fazermos o filtro,
começamos a nos fechar sobre outros conteúdos que também possam contribuir com
nosso desenvolvimento. Assim, começamos a fazer parte de um bolha. De fato,
estamos com a sociedade imersa em diversas bolhas, onde seus interesses estão
em interseção com outras pessoas. Mas isso é assunto para outro momento. Neste artigo
quero discorrer sobre valer a pena ou não produzir conteúdo.
Para produzir conteúdo,
primeiramente é necessário conhecimento sobre o assunto que se deseja produzir.
Infelizmente, existem inúmeros produtores de conteúdo que não possuem o mínimo
de conhecimento ou disposição para pesquisar o assunto que irá produzir. Não
considerando a capacidade da pessoa de concatenar as ideias que irá colocar
disponíveis ao seu público consumidor. Invariavelmente, ouso dizer que muita gente
busca produzir conteúdo para se tornar famosa. Temos novos como digital influencer
passou a ser utilizado pela mídia tradicional para diferenciar quem produz conteúdo
para internet e quem produz para os meios tradicionais de comunicação.
Produzir conteúdo é diferente de “produzir
notícias”. Notícia não se produz, já que se trata de um fato ocorrido, por
isso, notícias, como fatos acontecidos, são narradas de forma a levar a
informação ao consumidor da mesma. Já o conteúdo é produzido e nestes termos
passa então por um processo em que se faz uma pesquisa sobre o tema que será
abordado, a organização da maneira em que será apresentado, a linguagem a ser
utilizada e o tempo. Então, produção de conteúdo é levar além da informação é
levar conhecimento. E neste ponto muitos produtores se perdem.
Estou sendo genérico neste texto,
pois em cada parágrafo, há um assunto que daria para discorrer com mais
aprofundamento. Assim sendo, no futuro
estarei abordando cada um deles em particular para que possamos ampliar nossas
discussões e aprofundarmos sobre cada situação.
Em resumo, produzir conteúdo, não
se trata exclusivamente de aparecer nas mídias para autopromoção. Se trata de
levar conhecimento de maneira democrática a todos os consumidores que buscam
informações específicas. Devemos atentar para a qualidade do que estamos produzindo.
Neste ponto não me refiro à produção primorosa das imagens, dos efeitos
especiais dos vídeos e nem nas vinhetas, vírgulas sonoras, etc. Mas sim, me
refiro no que está sendo transmitido. De nada adianta produzir conteúdo pobre
com uma produção cinematográfica no estilo de Hollywood. Não agregamos em nada
a sociedade.
Tenho trabalhado como editor de
uma revista voltada para o radioamador que é distribuída gratuitamente em
formato digital. Vejo a grande dificuldade que é encontrar pessoas dispostas a
produzir material escrito e técnico para suprir a demanda de alguns milhares de
interessados em telecomunicação e eletrônica no Brasil. Não é uma tarefa fácil.
Demanda tempo, disponibilidade e muita força de vontade. Para conhecer a
revista, acesse este link: www.revistaqso.com.br
e conheça a revista. Além do projeto da revista, o site da mesma, no futuro
espero transformar em um portal de notícias com diversos conteúdos para
interessados em telecomunicações em geral, radioamadorismo, telefonia,
satélite, entre outros.
Paralelo ao trabalho da revista,
sigo com outros projetos ambiciosos. Se tratam de um canal de vídeo para
radioamadores e cinco podcasts. Porém estes projetos somente seguirão a partir
do momento em que a revista estiver consolidada com o portal pronto e atuando
com as pessoas que irão fomentar todo conteúdo do portal.
Respondendo à pergunta título
deste artigo, se vale a pena produzir conteúdo a resposta é: depende! Depende
se o interesse de quem produz é apenas um hobby ou se tem interesse pecuniário.
Quem se enquadra na primeira opção, provavelmente irá produzir conforme a sua
motivação, disponibilidade e tempo. E quem se enquadra na segunda opção, pelo
fato de ter retorno financeiro tem a obrigação de cumprir prazos.
No caso deste articulista as produções são feitas como um hobby, porém com cumprimento de prazos, pois com a aplicação de recursos financeiros de apoiadores da revista a produção de conteúdo tem que ser feita. Todos os recursos auferidos são retornados para o projeto. Este é o primeiro artigo referente ao tema. Outros virão com mais aprofundamento sobre a vida do produtor de conteúdo. Até a próxima!