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Polar, Bipolar ou Apolar?

Observando uma lei da Física que diz que os opostos se atraem, não deixa de ser uma verdade quando falamos em política. Se tivermos duas polaridades diferentes, separadas por um dielétrico, cada uma ficará na sua, até que a ddp (diferença de potencial), não seja mais capaz de manter o isolamento e o fenômeno da descarga do polo negativo vai até o positivo equilibrando assim toda a energia acumulada e voltando então ao seu estado de isolamento. Este é o princípio dos capacitores na eletrônica. Acumular uma carga de elétrons até que seu isolamento seja rompido e assim permitindo uma descarga elétrica. Antes que alguém diga que a energia flui do positivo para o negativo, sinto informar que é o oposto, pois quem tem capacidade de movimento são os elétrons e eles são de carga negativa. Por convenção, falamos que a corrente vai do polo positivo para o negativo.

Esta introdução técnica nos leva a uma reflexão política. Onde podemos ver a polarização da sociedade brasileira. A direita e a esquerda nunca estiveram tão distantes como agora estão. Devido ao acúmulo de “carga negativa” que aqui no nosso caso é a CORRUPÇÃO, promovida pela esquerda nas últimas décadas, a sociedade fez o papel do dielétrico que é permitir o equilíbrio das cargas ao eleger um presidente de direita. Porém, estas cargas ainda não se equilibraram o suficiente. E veremos nestas eleições de 2020 mais uma “descarga elétrica”, que é a eleição de inúmeros prefeitos ditos de direita.

Porém, quero chamar a atenção para o fato que tem me incomodado muito. Na verdade, são dois pontos que gostaria de compartilhar com você que agora lê este artigo. O primeiro ponto é sobre a questão dos seguidores de cada lado; direita e esquerda e o segundo sobre as consequências desta disputa e o que isso significa para a sociedade brasileira e para o Brasil.

Me causa muita indignação ver pessoas que defendem com a própria vida, um lado em detrimento do outro. É um verdadeiro absurdo observar como a manipulação ideológica é capaz de acabar com a vida das pessoas. Acompanhei gente perdendo amizade dos amigos, dos parentes e até mesmo perdendo emprego por causa de posicionamento político.

E me pergunto o que levam estas pessoas por tomarem este tipo de posicionamento? Os únicos que saem perdendo são estes que “vestindo a camisa da ideologia” se manifestam de forma radical. Se todos querem o bem da sociedade, o desenvolvimento econômico, saúde de primeira, educação de qualidade, e assim por diante, onde está o problema? Na forma? Não... o problema está onde os líderes, que nos bastidores fomentam esta disputa para dividir, segmentar a sociedade para assim tomarem o poder. Isso começou a partir do momento em que o governo esquerdista assumiu o controle do país. Como diz um ditado militar: dividir para conquistar!

Esta foi a cartilha que a esquerda atribuiu no Brasil para que a sociedade não tivesse mais força e assim, extinguiria a Constituição Federal onde em letras claras afirma que todo o poder emana do povo. Mas, Deus é brasileiro e não permitiu que esse intento esquerdista se concretizasse. Infelizmente, o caos deixado e a sujeira esparramada no nosso país foram tamanhas, que precisaremos de mais de vinte anos para recuperar alguma coisa. Tudo foi destruído pela lógica da esquerda. Nossa saúde, nossa educação, nosso desenvolvimento econômico.

Por outro lado, temos uma direita que também age da mesma forma. Quando um homem honesto como nosso presidente Jair Bolsonaro foi eleito, muitos “urubus” percebendo a onda que invadia as ruas de apoio ao presidente, correram logo de fazer uma aproximação e se auto afirmarem serem de “direita”. Mas, não são... Na verdade são Lobos travestidos de cordeiro. Um verdadeiro engodo. Levaram milhares de brasileiros a acreditarem em suas falácias e se elegeram sob a égide da liberdade, da família, dos preceitos cristãos, da pátria e assim por diante. Porém, ao tomarem o poder, se revelaram quem realmente são.

Estes falsos seguidores da direita e conjuntamente com os militantes da esquerda estão ACABANDO COM O BRASIL. Se nós, brasileiros não tomarmos o poder que é nosso por LEI e por DIREITO, perderemos nossa liberdade, nossa fé, nossa família, nosso país. Devemos lutar e defender as pessoas de bom coração que buscam fazer da política um caminho para o bem-estar do povo brasileiro.

Se de um lado a esquerda é assistencialista, onerando a força motriz do país com programas e impostos, sufocando quem gera riqueza, por outro lado, temos uma direita que não é capaz de desenvolver nada que possa criar uma expectativa de mudança. Isso acontece, pois a guerra ideológica tomou proporções titânicas e o que realmente importa que são os interesses nacionais são relegados ao esquecimento. Quem perde com tudo isso é o país; nós, que brigamos entre nós por questões ideológicas enquanto os acordos políticos, as manobras eleitoreiras e a corrupção continuam em pleno vapor em nossa sociedade.

A corrupção não está apenas na política. Está em todas as esferas da sociedade. Está na polícia, nos cartórios, no judiciário. Aliás, nosso judiciário que deveria ser um exemplo, só se tornou exemplo de coisas nefastas. Quem lembra do juiz Nicolau dos Santos Neto, o juiz Lalau? Recentemente do ex-juiz Wilson Witzel? Isso prova que a instituição está impregnada de corruptos. E o nosso STF (Supremo Tribunal Federal)? Uma verdadeira vergonha nacional. Eles vivem numa bolha e não conhecem a realidade do país em que vivem.

O segundo ponto que gostaria de abordar são as consequências de todas estas disputas ideológicas. Que por fim acabam atingindo a sociedade como um todo. Uma analogia interessante seria comparar o Brasil a um barco. Onde todos os tripulantes lutam entre si, mas esquecem que se o barco não for cuidado, todos afundarão juntos. Não podemos mais nos permitir que a ideologia venha nos moldar do que é certo para o que é errado. Cada um tem sua verdade e sua convicção. No Brasil de hoje, precisamos muito mais de ÉTICA do que discurso. Precisamos muito mais de TRABALHO do que promessas. Precisamos muito mais de SAÚDE do que ditadura. Enfim. Ou nós aprendemos a escolher candidatos pelo que SÃO e não pelo que DIZEM SER ou continuaremos nesta eterna queda de braço, onde quem perde somos nós e as ameaças estrangeiras agradecem.

Sobre a Revista QSO

 

Há alguns anos atrás, iniciei o projeto da revista QSO. Uma revista voltada para os radioamadores brasileiros. No intuito de suprir uma lacuna deixada pela saudosa revista Antenna Eletrônica Popular. Não foi um trabalho fácil reunir pessoas interessadas em contribuir com matérias para a revista. Estamos ainda no início de nossa caminhada. Em dezembro, completaremos um ano de publicação ininterrupta. Tenho muito orgulho de ter chegado até aqui com esse projeto. Porém ainda há muita coisa a ser feita.

Este ano de 2020, tivemos muitos problemas. E sem dúvida, a pandemia foi um dos problemas que mais afetaram a revista. Mas apesar de tudo, continuamos firmes e fortes no propósito de levar conhecimento e entretenimento na revista.

Nossa esperança para o ano de 2021 que ainda está por vir é de conseguirmos galgar mais um degrau na evolução da revista QSO. Para isso, estamos fazendo diversos procedimentos de melhoria. Por se tratar de uma publicação digital, os custos não são tão altos, toda via, eles existem. Esperamos que no ano de 2021 tenhamos um novo layout para o site da revista, bem como alguns recursos no mesmo, para que nossos usuários possam aproveitar mais do universo do radioamadorismo.

A proposta da revista QSO não se resume unicamente no radioamadorismo. O radioamadorismo é o assunto principal, entretanto, existem uma série de atividades que estão diretas ou indiretamente ligadas ao radioamadorismo. Podemos citar: eletrônica, robótica, informática, programação, impressão 3D e telecomunicações em geral.

Para que a revista continue crescendo e quiçá chegue a ser impressa algum dia, precisamos muito da sua ajuda. Temos um crowdfunding recorrente para mantermos o site da revista, como servidor e domínio, bem como, promover ações que geram alguma despesa, como sempre tem gerado. Querendo contribuir para o projeto e participar do mesmo, clique no endereço e contribua: www.catarse.me/apoieqso. Participe! Seja assinante do projeto e receba as recompensas da revista!

Fake News, uma moda antiga!

Fake News é um termo novo para uma prática muito antiga e bastante conhecida da sociedade. A História nos tem mostrado uma quantidade muito grande de notícias falsas. O assunto é tão antigo que remonta os tempos bíblicos. Até mesmo na literatura infantil encontramos diversas histórias de notícias falsas.  A Bíblia nos mostra a história de José. Onde seus irmãos o venderam como escravo para os israelitas, levaram ao seu pai, Jacó, a notícia de que o irmão tinha sido devorado por um animal selvagem (Gênesis 37), levando até mesmo uma prova forjada, a túnica suja com sangue.  Já na literatura infantil temos o caso do personagem do Pinóquio que ao contar uma mentira, seu nariz crescia. Há muitos outros contos que poderia citar, porém um conto interessante e bastante conhecido é do pastor de ovelhas que voltava correndo para o vilarejo gritando ter visto um lobo. As pessoas corriam para ajudar o rebanho do pastor que não estava sob a ameaça do lobo e ao descobrirem que foram enganadas voltavam para o vilarejo consternadas por terem sido enganadas. Ao fazer isso por vezes consecutivas, enganando as pessoas, acabou perdendo a credibilidade. Então, no dia em que o lobo realmente apareceu, ninguém acreditou no pastor e ninguém se prontificou a ajudar, acreditando se tratar de mais uma brincadeira (notícia falsa).

Trazendo para a realidade em que vivemos, existem dois senários onde as notícias falsas são largamente empregadas. São elas: as guerras e as especulações financeiras. É comum nas guerras usarem a desinformação como uma arma para confundir o inimigo. Assim, se faz uso das notícias falsas para dificultar as ações inimigas e obter vantagem no campo de batalha. Já no mundo dos negócios, as informações falsas são muito empregadas para elevar os preços ou baixar os preços das ações, sempre com interesses em aumentar os lucros de quem vive da especulação financeira.

Mas deixando a Bíblia, as histórias infantis, as guerras e o mundo dos negócios de lado, vou abordar o que realmente importa: outros dois canais de notícias falsas que fazem mal a todos nós. Me refiro às redes sociais e à imprensa.

Nas últimas duas décadas a comunicação teve um avanço significativo. E a informação se tornou igualmente avançada e volumosa.  Toda tecnologia atualmente empregada nos meios de comunicação facilitaram ainda mais a comunicação, tornando-a mais eficiente, rápida e segura.  Como a informação é transmitida pelos meios de comunicação digital de forma massiva e com volumes cada vez maiores, somos bombardeados a todo momento com uma infinidade de notícias que não conseguimos assimilar, tamanho volume envolvido.

Uma análise importante precisa ser feita em relação as redes sociais. Que se tornaram muito presentes em nossas vidas e que nos levam a gastarmos horas em suas diversas plataformas. Costumo dizer que a time line do Facebook, por exemplo, é um verdadeiro poço sem fundo. Mudaria o termo time line para deep line, que seria mais acertado. Quanto mais você desce a sua linha do tempo, mais informações encontra. Por isso o termo deep line. Dá a impressão de não ter fim.

O grande problema para a plataforma do Facebook é manter a rede segura das inúmeras postagens de seus inúmeros usuários. Fiscalizar este volume é praticamente impossível. Apenas as denúncias são verificadas pela plataforma. A solução que o Facebook toma em relação aos denunciados é reduzir o alcance de suas publicações dentro da rede ou bloqueando as postagens. Chegando mesmo ao bloqueio da conta do usuário. Assim, independentemente de serem verídicas ou não, o usuário denunciado tem sua comunicação severamente prejudicada. O que nos faz entender que se for uma pessoa bem-intencionada, mas que esta for alvo de várias denúncias, o Facebook age conforme descrito acima.

Uma observação que precisa ser feita é sobre as publicações dos usuários, quando estes, compartilham notícias de sites. Como a plataforma do Facebook apresenta uma imagem e o título da notícia compartilhada, não demorou muito as empresas de notícias perceberem que determinados títulos davam muita repercussão nas redes sociais. Assim, as empresas começaram a usar títulos mais apelativos em suas notícias. Não importando muito se os títulos das matérias jornalísticas estavam em consonância com o texto da mesma matéria ao qual o título fazia a chamada. Se aproveitando da esmagadora maioria de pessoas que não acessam os sites para lerem as matérias, os títulos ganharam grande notoriedade. Basicamente os títulos se tornaram a própria notícia. E com isso, os usuários comentam sem maiores informações sobre as notícias compartilhadas.

É lamentável percebermos o quanto estes títulos são capazes de causar um grande mal a todos que tem contato com um título, que por muitas vezes, são truncados, dúbios, pouco claros e em sua grande maioria, tendenciosos. Também vale lembrar que algumas empresas usam títulos caça-cliques, ou seja, se utilizam de frases tão apelativas que acabam ganhando a atenção dos usuários e assim ganharem mais acesso.

Tivemos alguns casos de notícias de mortes de personalidades famosas e ao acessarem os links, vírus eram disseminados. Porém, as informações que mais causam danos são as notícias falsas (Fake News). O maior propagador das notícias falsas são os próprios usuários que não checam a veracidade das informações que desejam compartilhar. Pois é muito mais fácil e cômodo acionar o botão de compartilhar ou encaminhar. Pronto! Já foi enviado para mais uma pessoa ou várias pessoas a mensagem sem sua devida verificação. Neste ponto, vale lembrar que enviar mensagem sem ter certeza de que a fonte está correta é CRIME. É bom deixar a orientação para que você que ao ler uma notícia, seja ela qual for, desconfie. Veja, sempre se a fonte está sendo ideológica ou mesmo, se está perseguindo alguém ou tentando formar uma opinião contrária a qualquer coisa que seja. O que não podemos deixar acontecer é de nos tornarmos massa manipulada. E com isso nos manobrarem para onde querem. Tivemos vários casos confirmados de manipulação da informação. No meu entendimento, manipular informação também não deixa de ser uma notícia falsa. Precisamos tomar o máximo de cuidados com a assimilação de informações que nos levam ao erro.